quinta-feira, 15 de abril de 2010
Formatura
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Amizade
Ainda falando de mulher gostosa, amizade também pode ser parecida. Quando se teve uma muito boa é impossível não fazer comparações. Amizade nova, ou pré-amizade, como prefiro chamar, porque amizade sempre é velha, do contrário não é amizade, não possui história, não tem memória, 'causos' bons pra se lembrar, como um belo banho de chuva.
''O Rei Leão'', a mãe leoa
Inezita Barroso
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Nascida numa família aristocrática e apaixonada pela cultura e, principalmente, pela música brasileira, Inezita começou a cantar e tocar violão e viola desde pequena, com sete anos. Estudiosa, matriculou-se no conservatório e aprendeu piano. Formou-se em biblioteconomia pela USP, antes de se tornar cantora profissional, em 1953. (extraído da wikipedia)
"A Marvada Pinga" é um dos maiores sucessos de Inezita Barroso. Eu simplismente adoro essa música. É muito engraçada, ser interpretada com sotaque caipira a torna mais interessante ainda. A seguir, a letra e o video de uma Interpretação que Inezita fez lá nos anos 1980.
Com a marvada pinga
É que eu me atrapaio
Eu entro na venda e já dou meu taio
Pego no copo e dali nun saio
Ali memo eu bebo
Ali memo eu caio
Só pra carregar é que eu dô trabaio
Oi lá
Venho da cidade e já venho cantando
Trago um garrafão que venho chupando
Venho pros caminho, venho trupicando, xifrando os barranco, venho cambetiando
E no lugar que eu caio já fico roncando
Oi lá
O marido me disse, ele me falo: "largue de bebê, peço por favô"
Prosa de homem nunca dei valô
Bebo com o sor quente pra esfriar o calô
E bebo de noite é prá fazê suadô
Oi lá
Cada vez que eu caio, caio deferente
Meaço pá trás e caio pá frente, caio devagar, caio de repente, vô de corrupio, vô deretamente
Mas sendo de pinga, eu caio contente
Oi lá
Pego o garrafão e já balanceio que é pá mor de vê se tá mesmo cheio
Não bebo de vez porque acho feio
No primeiro gorpe chego inté no meio
No segundo trago é que eu desvazeio
Oi lá
Eu bebo da pinga porque gosto dela
Eu bebo da branca, bebo da amarela
Bebo nos copo, bebo na tijela
E bebo temperada com cravo e canela
Seja quarqué tempo, vai pinga na guela
Oi lá
Ê marvada pinga!
Eu fui numa festa no Rio Tietê
Eu lá fui chegando no amanhecê
Já me dero pinga pra mim bebê
Já me dero pinga pra mim bebê e tava sem fervê
Eu bebi demais e fiquei mamada
Eu cai no chão e fiquei deitada
Ai eu fui prá casa de braço dado
Ai de braço dado, ai com dois sordado
Ai muito obrigado!
Cascatinha e Inhana
Quando Francisco dos Santos (20/04/1919 - 14/03/1996) topou com Ana Eufrosina da Silva (28/03/1923 - 11/06/1981) sua vida tomou outro rumo.
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Ele estava em Araras, no interior paulista, se apresentando com o Circo Nova Iorque, e ela foi assistí-lo. Ela tinha 17 anos, estava noiva, mas seu destino estava escrito. "Quando vi aquele mulato tocando violão, me apaixonei" contou ela.
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O violeiro e a moreninha se casaram cinco meses depois, no dia 23 de setembro de 1941. Romance que daria pra virar música, filme e poesia. Cantaram nos picadeiros de centenas de circos por todo o país, gravaram 54 discos de 78 rpm e 30 LPs. Venderam milhares de discos numa época em que vitrola era artigo de luxo. Cantaram o Brasil mulato, o Brasil Caboclo, o Brasil fronteiriço a outros sons e culturas, traduziram a linguagem rítmica e poética de um país que nos anos 50 vivia um acelerado processo de urbanização. (trecho extraído de http://www.lucianoqueiroz.com/cascatinha.htm)
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Neste video é interessante notar que Cascatinha e Inhana dão a explicação do porquê de seus nomes artísticos.
"Índia" é uma guarânia (gênero musical de origem paraguaia, em andamento lento, geralmente em tom menor), que vendeu 300 mil cópias em seu primeiro ano de lançamento e até a segunda metade dos anos 1990 vendeu mais de três milhões de discos. "Índia" mereceu ainda diversas gravações ao longo do tempo como as de Dilermano Reis ao violão, Carlos Lombardi, Trio Cristas e Valdir Calmon e sua orquestra. Em 1973 Gal Costa regravou "Índia", que deu nome a seu LP daquele ano e que obteve grande sucesso. Em 2005 foi tema da personagem Serena, da novela "Alma Gêmea", da Rede Globo, desta vez na voz de Roberto Carlos.
"Meu Primeiro Amor", como pode-se ver, não é só um filme bonitinho estrelado por Macaulay Culkin. É uma belíssima obra de nosso cancioneiro, já gravada por grandes intérpretes, como Caetano Veloso e Maria Bethânia, além dos precursores Cascatinha e Inhana.