domingo, 22 de agosto de 2010

Bendito Sistema.


Há exatamente uma semana que a uma hora desta eu voltava para casa com a cabeça pesada e meio desiludido com o sistema. Ocorre que domingo passado participei de um processo seletivo do cão. Deram-me para responder uma prova de quarenta questões que abrangiam Geografia, História, Protuguês, Literatura, Matemática, Direito, Informática e Legislação. Como bom guerreiro que sou, encarei firmemente a prova e dei o melhor do meu intelecto, que, ao que parece, está muito aquém do exigido na prova.

Saí da sala de prova mais cansado do que se tivesse corrido uma maratona. Me sentindo com Q.I. de ameba, o ser mais burro da face da Terra. Não bastasse a prova extenuante, ainda tive que suportar aqueles concurseiros insuportáveis que ficam debatendo o exame e nos questionando acerca das questões. Dormi o resto do domingo. Na segunda de manhã vi que sobrevivera e que tudo estava nos eixos.

Passados alguns dias, dois ou três, é liberado o gararito que confirmou minha burrice: acertei vinte, das quarenta questões. Conformei-me com o episódio, não com o sistema de avaliação dos concursos públicos, escolas, faculdades e afins. Sei que não posso oferecer nada melhor ao que se tem hoje, mas sei também que o modo como as pessoas são avaliadas, medidas, pesadas, mensuradas, não é o mais correto.

As provas em geral nos avaliam no tempo e no espaço, tempo e espaço esses muito curtos para se dar um veredicto. Somos seres extremamente complexos. Imaginem se as centenas e centenas de livros que li, de filmes que vi, de aulas a que assisti e de pessoas com as quais conversei - que fazem parte da receita de que sou feito - podem ser avaliadas num domingo em que acordei de uma noite mal dormida, com frio e saudade no peito. Não! Não tinham o Tarcísio em sua plenitude. Não puderam avaliá-lo.

Talvez meu caro leitor possa interpretar meu texto-desabafo como um lamento de perdedor, de concurseiro frustrado. É um direito julgar como queira, uma vez que faço público meu discurso, entretando, é preciso reiterar, o Tarcísio que vos escreve não é o Tarcísio em sua plenitude. Talvez eu nunca o seja em nenhum de meus textos, de minhas falas... O sistema não me o permitiria. Ele é cruel. Desumano. Fazer o quê? Corfememo-nos a ele, pois é quem nos fornece a internet, o maior invento do gênio humano.

Vida longa à rede mundial de computadores!!!

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